terça-feira, 10 de abril de 2012

O desafio da definição do modelo de gestão


Caros leitores,
O tema de Tadeu Pagliuso publicado no blog do Management é bem interessante e nos remete a um assunto ainda polemico.
Boa leitura!
Gostaria de inaugurar minha participação no blog trazendo um tema ainda pouco discutido em boa parte das organizações brasileiras: Como estruturar o modelo de gestão organizacional?
Ao longo dos últimos 30 anos, um vasto conjunto preexistente de conceitos, métodos e ferramentas de apoio à gestão vem sendo disponibilizado às organizações por meio de múltiplos canais (manuais práticos, normas, publicações, consultorias especializadas etc.), com diferentes possibilidades de benefícios para estas. Adicionalmente, necessidades de relacionamento com clientes, de atendimento a requisitos legais, regulamentações, trajetória histórica, entre outros aspectos, têm conduzido à definição de referências que legitimam, mesmo que parcialmente, a capacidade de gestão das organizações no ambiente de negócio.
Essas referências tornaram-se base para as organizações que buscam melhores níveis de competitividade e sustentabilidade. Além disso, orientam os tomadores de decisão na construção da gestão organizacional, especialmente quando é necessária uma certificação ou um reconhecimento formal para transmitir a legitimidade esperada a todas as partes interessadas da organização. No entanto, as referências são apenas pontos de partida, sobre elas é necessário o desenvolvimento de soluções específicas pelas organizações.
Desta forma, as organizações devem buscar ajustar o ambiente de negócio, suas estratégias e os principais componentes da gestão – pessoas, arquitetura, rotinas e cultura – como forma de obter melhor desempenho ou mesmo sobreviver no mercado. Peter Senge (1990) destacou que, em 1983, um terço das quinhentas empresas relacionadas na revista Fortune, em 1970, havia desaparecido. Outra pesquisa, realizada entre as 500 maiores empresas da revista Fortune, constatou que 85% dos entrevistados disseram que suas companhias não tinham um nível suficiente de líderes globais (GIBSON et al., 2006).
Se considerarmos todas as organizações que desapareceram nos últimos 40 anos, inclusive algumas das maiores e mais admiradas do Brasil, concluiremos que mesmo tendo sucesso financeiro, com produtos ou serviços de qualidade, faltou para seus administradores uma visão mais abrangente, sistêmica sobre a organização, seus negócios e o ecossistema em que ela atuava – assim como um equilíbrio entre a busca por resultados quantitativos e qualitativos e um atendimento mais homogêneo entre as diversas partes interessadas da organização.

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